quarta-feira, 13 de junho de 2012

Educação, a gente não vê por aqui


Com a participação de Victor Alves do Covil da Utopia @Mr_Vorian

(Augusto) Para quem leu o Jornal de hoje se deparou com a seguinte notícia:

Brasil tem oito instituições entre as 20 melhores universidades da América Latina.

Em um estudo realizado pela Quacquarelli Symonds foi apontado que a USP e a UFRJ estão entre as 10 primeiras colocadas do ranking. Isso sem trabalhar imagina se a gente tivesse uma educação de qualidade, já pensou?

(Victor) O interessante foi o seguinte trecho da matéria: “O Brasil tem 31 instituições entre as 100 melhores, número considerado ‘impressionante’.” Disse David Byrne, editor do site TopUniversities.com, parceiro da QS.

IMPRESSIONANTE? Eu diria MILAGRE um negócio desse. Como 31 instituições públicas de nível superior tem destaque e as escolas ainda tem alunos na oitava serie (9º ano) que não sabem ler, nem escrever, quanto mais saber matemática?

Mas uma coisa eu sei que eles sabem muito bem: FUNK, Mexer a bunda, arrastar o pênis nas meninas e não fazer nada.

(Augusto) Victor, concordo com a sua colocação, principalmente na do pênis, mas se a gente parar para pensar, ter gente no nono ano que não sabe ler só ajuda as faculdades a ter boa qualificação, isso diminui o número de pessoas dentro delas, só os filinhos de papai que vieram de cursinhos entram, assim temos uma boa qualidade de notas no ENAD e em pesquisas como essas. O Governo sabe disfarçar bem viu? Para que formar uma turma inteligente no colégio público se quem dá dinheiro para o país são os endinheirados e quem vota são os burros?

(Victor) O Brasil está tão condicionado a formar palhaços que agora está querendo que os professores se tornem um (não que já não sejamos). Conversando uma coordenadora de onde eu trabalho, em um projeto educacional, ela nos disse que temos que chamar atenção dos alunos, nem que tenhamos que nos vestir de palhaço ou de mágicos para isso.

Palhaço? Calma ae. Eu gasto uma grana para fazer faculdade para me vestir de palhaço? De mágico? Ah não! Para isso eu não preciso de faculdade! A escola de circo é de graça!

(Augusto) Professor Palhaço (redundância né?) ou Mágico são duas realidades completamente diferentes, o professor público é palhaço, ele forma pequenos palhacinhos que quando crescerem irão votar e serem chamados de povo.

Já o professor privado é o mágico, ele ensina os futuros políticos como sumir com o dinheiro da população, dos impostos, das verbas....

Bem, essa foi uma daquelas conversas que não tem a intenção de ser engraçada, pois o tema já é uma piada (educação no Brasil). Foi um bate-papo com Victor Alves, pré-professor de Matemática.
Considerações finais Victor? Quer mandar seu recado?

(Victor) Obrigado Brasil, por ter uma educação de qualidade, já que só podemos reprovar duas crianças por ano! Tudo por conta de 500 reais no salário da diretora da escola. Obrigado mesmo! 

2 comentários:

Ella ABp disse...

É. O que fazer? Lutar! Mas que merda, a Dilma só vai lidar com isso depois das Olimpíadas. Vamos de pior a pior ainda.Vou dizer uma coisa, quanto a estudar em universidade pública não é só rico não. Tem muita gente que estuda lá onde eu faço faculdade que luta com unhas e dentes pra estar lá, mas q é difícil se manter, é. Além da péssima localização. Vamos isolar o problema pra ele não ter voz. É assim... E sempre será se a gente não lutar.

Sergio Cabral disse...

Olá Stella! Sim, os oriundos de camadas inferiores da sociedade existem sim na universidade pública, mas como você disse possuem dificuldade de se manter. Mas a maioria são os filhotes de papai que podem pagar uma boa faculdade particular e deixar a pública para os que não tem condições. Mas fazer o que né?